sábado, 24 de janeiro de 2009

BOAS VINDAS AOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA GERAL

BOAS VINDAS
Prezados discentes de Filosofia Geral neste 1º Semestre de 2009, é com entusiasmo epistemológico que recebo a todos em nosso blog: geraldolopes.blogspot.com
Peço levar a sério este blog, pois é através dele que vamos nos comunicar, enviando textos, exercícios, orientações e recebendo o retorno de vocês. Colocarei oportunamente nas mãos de vocês os textos de minha autoria, em número de doze. Estes textos foram escritos inspirados em vasta bibliografia que passarei a vocês. Vocês deverão ler com muita atenção a metodologia das perguntas, que deverá ser seguida á risca. Em seguida, ler o primeiro texto intitulado,que é o primeiro capítulo do livro que estou escrevendo: PRESENÇA, IMPORTÂNCIA E UTILIDADE DA FILOSOFIA. Lido o texto, formular cinco perguntas sobre o tema do texto - perguntas formuladas de acordo com as orientações apontadas na Metodologia das Perguntas. As perguntas formuladas deverão sder entregues ao professor num espaço de 15 dias a contar da 1ª aula. Tais perguntas são exercícios de aprendizagem (tarefas de casa) e não entrarão na avaliação. sobre o capítulo 02, intitulado: NECESSIDADE DA FILOSOFIA, deverão ser formuladas oito perguntas a ser entregues vinte dias depois da 1ª aula. Quanto aos outros textos, serão postados oprtunamente.
Prof. Geraldo




COMO PERGUNTR EM FILOSOFIA? (Metodologia das perguntas).

(Favor ler com muita atenção)

Como está exarado no Texto Nº 02, Item 03, bem como na exposição sobre Sócrates, filosofar é perguntar, sempre perguntar. Sendo assim, o primeiro passo mais importante em um Curso de Iniciação filosófica, é aprendermos a formular perguntas. Mas perguntar em filosofia é algo difícil, pois, primeiro, só pergunta quem sabe, segundo, a pergunta só é bem feita quando ela tão somente insinua a resposta, sem sugeri-la, muito menos explicitá-la; sugerir a resposta ou, muito mais, explicitá-la, é, como que, entregar o ouro ao bandido. Assim, vê-se que não tem sentido fazerem-se perguntas diretas. Elas só têm sentido quando nascem de um contexto (cenário, matriz, histórico da questão) formulado e que tenha consistência e ligação com a pergunta a ser feita (o contexto deve ter uma extensão de, pelo menos, três vezes maior do que a extensão da pergunta). Ressalve-se que o contexto não é geração espontânea; só pode ser organizado com o conhecimento que o (a) discente já possui. A pergunta, vamos insistir, não pode ser feita a esmo, mas deve ser um produto natural que provenha do contexto e com ele tenha ligação lógica. Daí a necessidade de que o (a) discente veja o conteúdo com uma visão ampla, de conjunto (ex. se estou estudando “essência” em Aristóteles, é necessário que eu veja o que Platão[1] entende por essência). Também é fundamental insistir no que já foi dito, o contexto não pode antecipar a possível resposta da pergunta feita. Observar que, em Filosofia, as perguntas começam, via de regra, com os advérbios: porque ou por quê, como, em que sentido, etc (e não com: fale,explique relacione, etc) A pergunta não deve mandar fazer nada – só perguntar (perguntar não ofende – a pessoa só responde, se quiser; mandar fazer alguma coisa pode ofender). Terminada a formulação do contexto, coloca-se o verbo "perguntar" no indicativo presente (ex.: Pergunta-se).
Segundo Sócrates (modelo máximo de todo filósofo), o papel da filosofia não é responder, mas perguntar. Ah! quer dizer que as perguntas não serão respondidas? Sim, serão respondidas pela Ciência, pela Arte e pela Religião. O professor de filosofia responde ás perguntas, enquanto alguém que estudou um pouco de ciência (nem que seja só no 2º Grau) ou entende um pouco de arte e religião. Em todo caso, bom professor de filosofia é quem sabe transformar as respostas em novas perguntas. De maneira geral, a filosofia só pergunta e a ciência (arte e religião) só responde.
De nossa parte, seguiremos, de modo geral, o modelo socrático (atualizado por Paulo Freire, o maior educador do século XX).
Aliás, é bom saber desde já que não se trata bem de aprender filosofia (missão talvez impossível), mas, segundo Kant, de se educar filosoficamente.
Também vamos observar que nosso Curso é de Filosofia Geral e não de história da filosofia. Se, ás vezes, nos valemos desta, é somente como instrumento de trabalho (ou marcos históricos, sempre mutáveis no evoluir da filosofia) e não como finalidade; esta procuramos explicitá-la nos textos (cerca de doze) editados em nosso blog: geraldolopes.blogspot.com

Mãos à obra. Temos que ler muito. “Leio, logo existo” (Harold Bloom)

PROF./discente GERALDO LOPES

[1] Platão foi mestre de Aristóteles

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